Câncer de próstata: O que é, sintomas, tratamentos e causas

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O câncer de próstata é uma das formas mais comuns de câncer em homens. A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que se localiza logo abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer de próstata se desenvolve quando as células da próstata começam a crescer de forma descontrolada.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), nos anos de 2020 a 2022, aproximadamente 65 mil novos casos de câncer de próstata por ano foram diagnosticados no Brasil. A probabilidade de um homem ser diagnosticado com câncer de próstata em algum momento de sua vida é de um em cada nove. 

Geralmente, essa doença afeta homens mais velhos, mais precisamente após a sexta década de vida. Em homens com menos de 40 anos a sua ocorrência é rara. 

O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de morte por câncer em homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão.

Sintomas

Nos estágios iniciais, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Quando aparecem, os sintomas podem incluir:

  • Micção frequente, especialmente à noite.
  • Dificuldade em começar ou interromper o fluxo de urina.
  • Dificuldade em urinar.
  • Dor ou ardor ao urinar.
  • Sangue na urina ou no sêmen.
  • Dor na parte inferior das costas, quadris ou coxas.

No entanto, esses sintomas também podem ser causados por outras condições, como infecções urinárias, hiperplasia prostática benigna ou prostatite. Por isso, é importante que os homens realizem exames regulares para diagnosticar a doença precocemente.

Fatores de risco

Existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata, incluindo:

  • Idade: o câncer de próstata é mais comum em homens acima de 50 anos e o risco aumenta com a idade.
  • Histórico familiar: homens com parentes próximos que tiveram câncer de próstata têm maior risco de desenvolver a doença. O risco é maior quando parentes de primeiro grau como irmãos ou pai apresentam a doença.
  • Raça: homens afro-americanos têm maior risco de desenvolver câncer de próstata do que homens caucasianos.
  • Obesidade: homens obesos têm maior risco de desenvolver câncer de próstata avançado e de morrer da doença.
  • O tabagismo está associado a câncer de próstata de maior agressividade

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de próstata envolve vários exames, incluindo:

  • Exame de sangue: o exame de sangue de PSA (antígeno prostático específico) mede os níveis de uma proteína produzida pela próstata e pode ajudar a detectar câncer de próstata em estágios iniciais.
  • Toque retal: o médico insere um dedo enluvado e lubrificado no reto para sentir a próstata em busca de nódulos.
  • Ressonância magnética de próstata: cada vez mais utilizada no arsenal de métodos propedêuticos da neoplasia. Nos casos em que há alteração no PSA e/ou toque retal alterado, o exame está indicado antes mesmo da realização da biópsia
  • Biópsia: se houver suspeita de câncer de próstata após os exames iniciais, uma biópsia da próstata pode ser realizada para confirmar o diagnóstico. Atualmente existem duas modalidades para a sua realização: transretal e transperineal. Acredita-se que a modalidade transperineal curse com menor risco de infecção e sangramento retal que a transretal.

Tratamento

O tratamento para o câncer de próstata pode variar dependendo da gravidade e do estágio da doença, além de outros fatores individuais do paciente. 

As opções de tratamento incluem cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, quimioterapia e vigilância ativa. Continue a leitura e conheça mais sobre as formas de tratamento para essa doença.

Prostatectomia (Cirurgia) 

A prostatectomia radical é a remoção cirúrgica da próstata e classicamente é indicada para pacientes com câncer localizado. Atualmente tem sido cada vez mais empregada no controle da doença localmente avançada dentro do conceito de tratamento multimodal. Esse procedimento pode ser realizado por meio de cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica. 

Nos dias de hoje o uso da plataforma robótica se mostra cada vez mais benéfica. Através de seis pequenas incisões no abdome, a próstata é removida juntamente às vesículas seminais. Nos casos mais agressivos, há a indicação de remoção dos linfonodos (gânglios) localizados ao longo das artérias ilíaca externa, ilíaca interna e nervo obturatório. 

A visualização em três dimensões, a magnificação da imagem, o maior grau de liberdade de movimento das pinças robóticas, a maior ergonomia do cirurgião são alguns dos principais fatores relacionados aos benefícios do método. 

A cirurgia robótica permite uma recuperação mais precoce, com retorno mais cedo às atividades habituais do paciente, menor dor no pós operatório, retorno mais precoce da continência miccional e da potência sexual naqueles que foram submetidos a prostatectomia radical.

Considerando-se uma expectativa de vida acima de 10 anos e excluindo contraindicações à realização da cirurgia por via laparoscópica, a modalidade cirúrgica é preferível à radioterapia considerando-se os benefícios em termos oncológicos.

Radioterapia

A radioterapia é um tratamento que utiliza raios X de alta energia para destruir as células cancerosas. Pode ser feito por meio de radioterapia externa ou braquiterapia. 

Na radioterapia externa, a radiação é direcionada para a próstata por meio de uma máquina externa. Já na braquiterapia, pequenos implantes radioativos são colocados dentro da próstata.

Terapia hormonal

A terapia hormonal é uma opção de tratamento para o câncer de próstata, quando a doença já não está mais localizada. Nesses casos dizemos que o problema é sistêmico, no qual o tratamento local (cirurgia ou radioterapia) como abordagem inicial, não apresenta benefícios em termos de sobrevida global ou câncer específica ao paciente. O objetivo é reduzir os níveis de testosterona, o que pode ajudar a desacelerar o crescimento das células cancerosas. 

A terapia hormonal pode ser feita por meio de medicamentos ou de uma cirurgia para remover os testículos. Esse tratamento é geralmente recomendado para pacientes com câncer avançado que se espalhou para outras partes do corpo.

Quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células cancerosas. É geralmente recomendada para pacientes com câncer avançado que não responderam a outros tratamentos, ou que apresentaram evolução da doença após alguns meses ou anos com controle através da terapia hormonal.

Vigilância ativa

A vigilância ativa é uma opção para pacientes com câncer de próstata de baixo risco. Esse tipo de tratamento envolve monitoramento cuidadoso do câncer sem tratamento imediato. Isso pode incluir exames regulares, como biópsias, exames de sangue e imagens de ressonância magnética.

É importante lembrar que cada paciente é único e pode responder de forma diferente a cada tratamento. É fundamental discutir com o médico as opções de tratamento e as possíveis consequências de cada uma delas.

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